25-03-2014: Experiências de voluntariado com a CAMO – Honduras
14/01/2014 a 31/01/2014 -
Honduras possui uma fama terrível, ao ponto de que muitos dos viajantes de carro visitando todos os países da América, na maioria das vezes decidem nem passar uma única noite dentro de seu território. Apenas cruzam em um dia de El Salvador diretamente para a Nicarágua e apenas porque não há outra opção. Nós, entretanto, incluímos Honduras no nosso roteiro e também decidimos trabalhar com uma organização, exatamente por causa de todos os problemas sociales e politicos do país.
Encontrar uma organização não foi tarefa fácil e chegamos ao país sem contato prévio com nenhum projeto, mesmo depois de conversar com alguns contatos locais e contactar organizações pela internet, sem nenhuma sorte. Tivemos então que bater portas atrás de uma organização. Começamos no ocidente, já que havíamos descoberto em nossas pesquisas que a região abriga um número razoável de pequenos projetos. Acabamos conhecendo algumas pessoas em Copan Ruinas que nos deram algumas indicações e contatos. Entre elas estava Sandra Guerra, uma hondurenha que todos os anos trabalha na organização da conferencia Honduras, um evento que reúne pessoas de organizações sem fins de lucro de todo o país. O trabalho de Sandra e sua equipe é muito interessante e por isso inclusive realizamos uma entrevista com ela para poder conhecer mais da história do projeto e compartilhar com vocês por aqui.
Sandra nos falou de uma fundação localizada em uma cidade próxima, Santa Rosa de Copán, chamada CAMO – Central American Medical Outreach. De acordo com ela, CAMO faz um excelente trabalho na área da saúde e seria um excelente contato para nós, pois possivelmente conheceriam pequenos projetos na região com os quais poderíamos trabalhar. Foi com essas informações que nos dirigimos à Santa Rosa e tocamos na porta de CAMO. Eles nos receberam muito bem, apesar da visita surpresa, e assim começou nossa parceria para o trabalho! Conheça mais sobre o trabalho de CAMO no nosso último post do Blog aqui!
Nosso primeiro contato dentro da organização foi Heidi Hernandez, coordenadora de marketing. Após nossas reuniões com ela, resolvemos que de acordo com os conhecimentos de cada um de nós, nos dividiríamos para trabalhar com projetos parceiros da organização. Além disso, alguns de nós trabalharíamos diretamente com CAMO, para auxiliar-lhes com algumas das necessidades da organização.
O Carson foi trabalhar com ETAOO, a Escola Técnica de Artes e Ofícios, juntamente com o professor do curso de marcenaria para intercambiar técnicas e auxiliar na produção de móveis que são vendidos para auxiliar na manutenção da escola. Marianne, membro temporário da Expedição Mutare, devido à sua experiência como assistente social, trabalhou juntamente com a Casa Hogar Santa Rosa, realizando intercambio de práticas e metodologias, assim como na elaboração de um workshop sobre violência de gênero para um grupo de jovens.
Decidimos que o Pierre e a Thays iriam trabalhar diretamente com a CAMO, nas suas áreas de conhecimento. Pierre montou uma base de dados para auxiliar no controle das doações recebidas pela organização. Já a Thays trabalhou diretamente com a Heidi na área de comunicação e financiamento da fundação, compartilhando experiências de financiamento, pensando nas estratégias de comunicação da organização e intercambiando ideais para o fortalecimento do trabalho nessas áreas. Foi interessante perceber que mesmo em uma organização de grande porte ainda havia áreas nas quais poderíamos contribuir para desenvolver e compartilhar novas ideias.
A experiência de voluntariado com a CAMO e seus projetos associados foi muito enriquecedora. Criamos um excelente vínculo com as pessoas com as quais trabalhamos e ao final, todos estávamos felizes com as coisas que havíamos realizado. De acordo com Heidi, o trabalho da Expedição Mutare e todas as ferramentas, recursos e ideias que compartilhamos com eles serão de grande benefício para a organização. Também podemos dizer que aprendemos muito durante nosso tempo de trabalho em Santa Rosa de Copán e admiramos o impacto positivo que a CAMO faz na saúde local.