17-03-2014: Desbravando Honduras


28/12/2013 a 03/02/2014

Os últimos dias de 2013 foram nossos primeiros dias em um país desconhecido: entramos as terras de Honduras. Como tínhamos feito planos para encontrar alguns amigos da Guatemala para celebrar o Ano Novo, assim que cruzamos a fronteira começamos a cruzar todo o país para chegar a La Ceiba, onde pegamos um ferry para a ilha de Utila, no Caribe. Comemoramos o Ano Novo, com nossos amigos e logo depois começamos um curso de mergulho. Utila é o lugar mais barato no mundo para aprender a mergulhar. Após o término do curso, entretanto, nossos planos de sair da ilha foram atrasado vários dias, devido a uma tempestade que não permitia o trânsito dos barcos entre a costa e Utila.
 
Ficar preso em uma pequena ilha com dias de forte tempestade dos não é muito divertido e além disso, a comida dos restaurantes e dos supermercados estava começando a acabar! Ficamos muito felizes quando finalmente pudemos retornar ao continente! Nos dirigimos para Copán Ruinas, uma cidade moderna construída ao lado das ruínas de outra cidade, batizada de Copán. Passamos alguns dias por lá para explorar as ruínas também para procurar informações sobre alguma organização sem fins lucrativos com a qual pudessémos fazer voluntariado no país.
 
Conseguimos algumas boas indicações para uma cidade próxima, Santa Rosa de Copán, e acabamos encontrando uma organização chamada CAMO – Central American Medical Outreach, que trabalha para melhorar a saúde na região mais pobre de Honduras, o chamado Ocidente. Eles também nos colocaram em contato com várias de suas organizações parceiras. Ao final, o Pierre e a Thays trabalharam diretamente com a CAMO, enquanto que a Marianne trabalhou com um abrigo para mulheres vítima de violência doméstica , chamado Casa Hogar Santa Rosa e o Carson trabalhou com a Escuela Tecnica de Artes y Oficios del Occidente – ETAOO, uma escola que capacita jovens para o mercado de trabalho.
 
Santa Rosa é uma cidade de tamanho médio, e o café é sua principal indústria. Passamos 3 semanas muito produtivas nessa cidade, vivendo em um lava-rápido local, onde pudemos estacionar Chancho e conectá-lo à energia elétrica e água. Lá também conhecemos nossos novos amigos, José Luis, o dono e Martin, um francês que estava trabalhando com uma associação de produtores e comércio justo. Aproveitamos um fim de semana para viajar com eles para a cidade vizinha de Gracias, onde fomos para as águas termais locais e visitar o Parque Nacional Celaque.
 
Após o nosso trabalho em Santa Rosa estar terminado, deixamos a cidade e dirigimos durante todo para cruzar o país em direção à fronteira. Passamos pelos subúrbios da capital, Tegucigalpa, com o por o sol e fomos passar a noite em mais um posto de gasolina. Apesar do lugar ser um pouco estranho, nada aconteceu e voltamos para a estrada de manhã bem cedo no dia seguinte. Infelizmente, muitos motoristas por todos esses países que estamos cruzando não tem muito respeito pelas leis de trânsito, fazendo ultrapassagens perigosas e de muitos carros de uma vez, ou ultrapassando em curvas sem visão nenhuma do outro lado. Vimos em primeira mão o quão perigoso é isso, ao passar por uma batida de frente entre uma caminhonete e um ônibus.
 
Felizmente não tivemos nenhum incidente e chegamos à fronteira por volta das 10:30 da manhã. Normalmente é a burocracia para o carro que leva mais tempo e dá mais trabalho. Porém, dessa vez foi nosso visto que deu problema. Existe um acordo entre 4 países da América Central, chamado C4, o que dá direito a um visto de 90 dias para visitar todos esses países: Guatemala, El Salvador, Honduras e Nicarágua. Como esse tempo não era suficiente para nosso trabalho voluntário nos 4 países, tentamos estender nossos vistos C4 em Honduras, usando um processo meio duvidosa com os oficiais de imigração de lá. Porém, o oficial da fronteira da Nicarágua não quis aceitar a renovação do visto, dizendo que nossa única opção era retornar para o lado hondurenho da fronteira e pagar uma multa, para depois entrar na Nicarágua e sair do país em no máximo cinco dias para a Costa Rica. Felizmente, depois de uma longa conversa explicando nosso projeto e nossa situação, o funcionário resolveu nos deixar entrar no país e nem pediu propina! Graças a ele, poderíamos conhecer o país e realizar o trabalho voluntário como planejado.
 
Gostaríamos de ter podido conhecer muito mais de Honduras, mas a nossa experiência por lá foi maravilhosa! Embora o país tem uma péssima reputação como um lugar perigoso, ao ponto de que muitos viajantes de carro como nós simplesmente decidirem não se arriscar por suas estradas. Nós não tivemos nenhum problema e passamos um excelente mês viajando por suas terras. Honduras é um pais grande e tem muitas áreas naturais e é menos populoso. Todas as pessoas que conhecemos eram muito simpáticas, divertidas e trabalhadoras, e também acolheram muito bem a todos nós.