27-04-2014: Tempos de Mudança – Costa Rica


Como nosso projeto parceiro na Costa Rica estava localizado na Península de Osa, no sul do país, isso significava que iríamos atravessar todo o seu território antes de fazer o voluntariado no final do mês. Decidimos ir visitar um amigo norte-americano que havíamos conhecido no Peru e que agora faz parte de um grupo de fundadores de uma fazenda ecológica. Jimmy e Aimee nos deuram as instruções para chegar ao lugar e no trajeto pudemos ver o quão bem o motorhome poderia lidar com os caminhos “off-road” da Costa Rica. Depois de alguns quilômetros de terra e pedras grandes, e várias travessias de rios, chegamos ao Rinconcito. Passamos alguns dias maravilhosos por lá, relembrando o passado, ajudando-os a limpar as ervas daninhas da mata em torno da área de construção, explorando o rio e cozinhado algumas refeições deliciosas com alguns dos produtos frescos da horta.

Enquanto estávamos lá, o Pierre conversou com a gente à respeito da sua decisão de que ele terminaria seu período com a Expedição Mutare e voltaria para Montreal com a Marianne, a nossa participante temporária que havia se unido a nós em El Salvador. Continuamos juntos por mais alguns dias, e seguimos para a capital San Jose seguinte. Passamos a última noite juntos conversando sobre os acontecimentos e aventuras loucas desta viagem juntos e , em seguida, nos despedimos na manhã seguinte em um estacionamento perto do centro da cidade.

A Thays e o Carson decidiram ir para a costa do lado do Pacífico e fizemos a nossa próxima parada no Parque Nacional Manuel Antonio. Passamos dois dias estacionados junto de frente para a praia onde limpamos e organizamos o Chancho e também visitamos o parque. Manuel Antonio é um parque nacional com uma grande quantidade de vida silvestre e também uma grande quantidade de turistas. Foi interessante (e um pouco triste) observar como os animais se adaptaram à vida rodeados de tantas pessoas. Muita gente traz lanches para o almoço, mas nós vimos uma boa porcentagem dessa comida sendo roubada quando não estavam prestando atenção. Os macacos e guaxinins eram profissionais em assustar uma pessoa para que ela deixasse cair alguma comida e, em seguida, fugir com seu prêmio.

Continuamos nosso caminho rumo ao sul pela grande rodovia Panamericana ao longo da costa. Passamos algumas noites no lado da baía da Península de Osa, onde encontramos uma incrível praia deserta onde nós comemos cocos frescos e disfrutamos a visita de uma grande família de macacos bugios pulando nas árvores acima do Chancho. Depois, pegamos a estrada para o Drake Bay Backpackers, o hoste aonde nos hospedamos duranto o voluntariado. Eram apenas poucos quilómetros de distância, mas levamos mais de 3 horas para viajar. Você tem que dirigir bem devagar nas estradas irregulares se não quiser quebrar todos os pratos em um motorhome! Finalmente chegamos ao escritório da Fundação Corcovado, para trabalhar com um de seus projetos parceiros, a ACOTPRO. A organização trabalha para a conservação das tartarugas marinhas na região e também para facilitar o turismo rural comunitário e gerar ingressos para a comunidade rural em El Progreso de Drake.

Conhecemos Rob, que dirige o hostel da Fundação que havia acabado de abrir as portas. O hostel será usado para fornecer fundos para apoiar os projectos da ONG. A Thays começou o voluntariado com a associação comunitária ACOTPRO, auxiliando-os a trabalhar de forma mais eficiente e a discutir alguns dos desafios que o grupo enfrenta. O Carson trabalhou com Rob para dar os toques finais no hostel e na propriedade, preparando-o para acomodar os futuros hóspedes. As duas semanas passaram bem rápido e, como sempre, foi difícil dizer adeus aos nossos novos amigos.

Depois de sair de El Progresso iríamos dormir em algum perto da fronteira. Porém, resolvemos enfrentar a papelada e burocracia (já estamos acostumados!) que é cruzar entre países com um carro. Então, entramos no Panamá e ainda demos caronas para dois espanhois surfistas e os levamos até David. Por lá, passamos nossa primeira noite no pais, em um estacionamento de shopping!

A Costa Rica para nós foi um país que trouxe mudanças. A dinâmica da Expedição Mutare mudou, e o país nos pareceu muito mais turistico que a maioria dos outros que havíamos visitado. Claro que isso também torna o país mais caro para viajar. Linda e exuberante, com uma reputação bem merecida pela floresta e as belas praias, passamos um mes muito bom na companhia de das pessoas maravilhosas que conhecemos ao longo do caminho.